Aparentemente nada liga estes três homens, mas há muitas coisas que os unem. António Oliveira de Salazar governou portugal num regime de ditadura durante 36 anos. Foi o politico que mais tempo governou, até aparecer Alberto João Jardim no seu caminho e lhe retirar esse recorde.
Alberto João Jardim governou o arquipélago da Madeira durante 37 anos, numa democracia que muitos questionaram. As atitudes pouco democráticas contra os jornalistas, o facto de controlar grande parte da indústria madeirense, estar sempre envolvido em tudo o que meta o nome da Madeira e ainda algumas atitudes políticas fizeram muitas pessoas relembrar um salazarismo numa nova versão: o jardinismo. Sim, Jardim também teve direito a ter um regime com o seu nome. Outra parecença com Salazar.
A Jardim muitos dizem que se fica a dever o desenvolvimento da Madeira, como hoje todos a podem ver. Quando chegou à Presidência do arquipélago, a Madeira vivia uma situação complicada e encontrava-se num atraso a todos os níveis. Jardim mandou construir estradas, que hoje ligam a ilha de ponta a ponta, infra-estruturas modernas para o turismo - a grande aposta deste governante - e a Madeira renasceu mais moderna, mas endividada. Jardim também deixa esse legado: um acumulado de dívidas.
Até aqui, nada que leve ao próximo protagonista. Ou então tudo isto leva a ele: Jorge Nuno Pinto da Costa. O actual Presidente do Futebol Clube do Porto faz este ano, a 17 de abril, 33 anos que está na presidência do clube. Quando chega ao FC Porto, o clube, assim como muitos outros, vivia na sombra do SL Benfica e Pinto da Costa quis mudar isso. Tanto que quis que conseguiu e hoje não há só um grande clube e uma centralização em Lisboa, como o Porto começou a ser uma enorme ameaça para o Benfica.
Com Pinto da Costa na liderança, o Porto transformou-se num clube europeu forte, com provas dadas tanto cá como lá fora. São muitas as vitórias que esta liderança guarda e as taças já fazem concorrência com o Benfica, que tem mais de 100 anos de história.
O enorme feito conseguido no Porto também se deve à sua liderança de ferro. Nada passa para fora. Tudo o que passa para a comunicação social é controlado. Pinto da Costa dá sempre a imagem de que tudo corre bem dentro do clube e quando não corre logo trata de resolver a situação, "dentro de casa", de modo a pacificar de novo as coisas.
Em termos de personalidade, diria-se que Pinto da Costa tem mais de Salazar do que Jardim. Salazar era um homem pensativo, contido nas palavras, atacava com segurança e Pinto da Costa personifica, na maioria das vezes, essas características. Claro que no futebol se vive muito também do "sangue quente" e claro que o líder portista já disse algumas coisas que suscitaram revolta noutros clubes, mas, olhando para trás, tudo foi pensado.
Jardim diz "da boca para fora" sem pensar muito antes de falar. Tem "o coração na boca", como muitos diriam. E a verdade é muitas vezes não se soube controlar e acabou por ficar mal visto.
São 3 homens que marcam Portugal das mais diversas maneiras, que têm muito a distanciá-los, mas que também têm muitas coisas a uni-los.
Alberto João Jardim governou o arquipélago da Madeira durante 37 anos, numa democracia que muitos questionaram. As atitudes pouco democráticas contra os jornalistas, o facto de controlar grande parte da indústria madeirense, estar sempre envolvido em tudo o que meta o nome da Madeira e ainda algumas atitudes políticas fizeram muitas pessoas relembrar um salazarismo numa nova versão: o jardinismo. Sim, Jardim também teve direito a ter um regime com o seu nome. Outra parecença com Salazar.
A Jardim muitos dizem que se fica a dever o desenvolvimento da Madeira, como hoje todos a podem ver. Quando chegou à Presidência do arquipélago, a Madeira vivia uma situação complicada e encontrava-se num atraso a todos os níveis. Jardim mandou construir estradas, que hoje ligam a ilha de ponta a ponta, infra-estruturas modernas para o turismo - a grande aposta deste governante - e a Madeira renasceu mais moderna, mas endividada. Jardim também deixa esse legado: um acumulado de dívidas.
Até aqui, nada que leve ao próximo protagonista. Ou então tudo isto leva a ele: Jorge Nuno Pinto da Costa. O actual Presidente do Futebol Clube do Porto faz este ano, a 17 de abril, 33 anos que está na presidência do clube. Quando chega ao FC Porto, o clube, assim como muitos outros, vivia na sombra do SL Benfica e Pinto da Costa quis mudar isso. Tanto que quis que conseguiu e hoje não há só um grande clube e uma centralização em Lisboa, como o Porto começou a ser uma enorme ameaça para o Benfica.
Com Pinto da Costa na liderança, o Porto transformou-se num clube europeu forte, com provas dadas tanto cá como lá fora. São muitas as vitórias que esta liderança guarda e as taças já fazem concorrência com o Benfica, que tem mais de 100 anos de história.
O enorme feito conseguido no Porto também se deve à sua liderança de ferro. Nada passa para fora. Tudo o que passa para a comunicação social é controlado. Pinto da Costa dá sempre a imagem de que tudo corre bem dentro do clube e quando não corre logo trata de resolver a situação, "dentro de casa", de modo a pacificar de novo as coisas.
Em termos de personalidade, diria-se que Pinto da Costa tem mais de Salazar do que Jardim. Salazar era um homem pensativo, contido nas palavras, atacava com segurança e Pinto da Costa personifica, na maioria das vezes, essas características. Claro que no futebol se vive muito também do "sangue quente" e claro que o líder portista já disse algumas coisas que suscitaram revolta noutros clubes, mas, olhando para trás, tudo foi pensado.
Jardim diz "da boca para fora" sem pensar muito antes de falar. Tem "o coração na boca", como muitos diriam. E a verdade é muitas vezes não se soube controlar e acabou por ficar mal visto.
São 3 homens que marcam Portugal das mais diversas maneiras, que têm muito a distanciá-los, mas que também têm muitas coisas a uni-los.