Já podia ter escrito isto há mais tempo, mas quis acreditar que tudo iria mudar e que, por isso, tudo o que escrevesse deixaria de fazer sentido. Tenho quase 20 anos e neles fui adepta do Sport Lisboa e Benfica. Ainda sou e serei. Não é de mim que se trata, mas de ti, Maxi.
Sei o teu nome, ao contrário de ti. Para ti, sou mais uma nos milhões de adeptos benfiquistas. Esses a quem viraste as costas. Esses que traíste por um contrato de 4 anos e milhões. O que são os milhões se não houver carácter?
Eu não sou daqueles que defendem que o futebol vive só de dinheiro e que isso é que vale na conta final. Tenho 20 anos de amor a um clube e nunca me movi por ele por dinheiro. Foi o amor que me fez ir lá a todos os jogos; foi esse amor que me fez gritar até perder a voz, chorar nas derrotas e saltar nas vitórias.
Nestes 20 anos, 8 deles vi-te a ti lá, naquele campo, a correr desenfreadamente para ganhar, para levares o teu clube à vitória. Lutaste sempre. Nunca desististe.
Porquê? Porquê que fizeste isso? Nunca foste jogador de virar as costas à tua equipa. Foste sempre requisitado por muitos clubes e nunca viraste as costas. Tiveste oportunidades de melhorar o teu nível de vida e nunca foste embora. Porquê agora? Porquê para o Porto, o nosso eterno rival?
Agora chamam-te Maximilano na Luz, porque já não és da família vermelha. Mas eu não. Eu vou continuar a chamar-te Maxi. Só que já não vou gritar o teu nome com todo o oxigénio quando marcares golo, quando correres para ajudar a tua equipa a vencer. Já não vou gritar por ti só por estares em campo e saber que isso era motivo para ficar feliz, porque sabia que ali estava um exemplo que merecia todo o reconhecimento e apoio dos adeptos encarnados.
Já não o vou fazer porque agora és azul. Afundas-te o amor que uma família te deu durante 8 anos e trocaste-a por uma que se calhar não te quer até ao final dos 4 anos que assinaste. Nós queríamos-te lá, eu queria-te lá! Eu queria continuar a acreditar que o futebol ainda pode ensinar o valor do amor às crianças que olhavam para ti como um exemplo, se calhar o maior exemplo do clube. Muitas delas nasceram a ver-te jogar na Luz e agora? Agora viram-te virares costas à tua família encarnada para rumares ao Norte para integrares o plantel azul e branco. É assim? Trata-se tudo de um plantel e dinheiro? Já não há valores? Já não existe amor verdadeiro à camisola?
Não sou dramática nas transferências. Acho que vocês, jogadores, devem ter melhores oportunidades. Olha para o Aimar: jogou no Benfica, foi para fora e agora terminou a carreia e nunca se esqueceu do clube que deixou em Portugal. Javier Garcia: chorou por abandonar a Luz e disse mesmo que não era o que queria, mas lá foi e nunca se esqueceu do clube que cá deixou. Em todas as decisões importantes fazia questão de deixar público nas redes sociais que estava com o Benfica. Sabes o que é isto, Maxi? Amor. Amor ao clube, em que estiveram muito menos tempo do que tu, onde jogaram e que ficou sempre no coração deles.
Tu estiveste 8 anos connosco para de repente deixares que o teu manager olhasse para o dinheiro e te levasse. Deixaste, porque se dissesses "não" a situação seria diferente.
Mas não é e ontem tive de te ver de azul na Holanda. Sabes a desilusão que senti, Maxi? Não sabes, porque se pensasses sequer nisso nunca terias feito isto. Nunca nos terias traído assim. Nem te dignaste a vir falar como fez o Casillas no Real Madrid. Ele teve a coragem de dar a cara aos adeptos que o veem sair ao fim de 25 anos do clube onde todos achavam que seria o seu último.
Sei o teu nome, ao contrário de ti. Para ti, sou mais uma nos milhões de adeptos benfiquistas. Esses a quem viraste as costas. Esses que traíste por um contrato de 4 anos e milhões. O que são os milhões se não houver carácter?
Eu não sou daqueles que defendem que o futebol vive só de dinheiro e que isso é que vale na conta final. Tenho 20 anos de amor a um clube e nunca me movi por ele por dinheiro. Foi o amor que me fez ir lá a todos os jogos; foi esse amor que me fez gritar até perder a voz, chorar nas derrotas e saltar nas vitórias.
Nestes 20 anos, 8 deles vi-te a ti lá, naquele campo, a correr desenfreadamente para ganhar, para levares o teu clube à vitória. Lutaste sempre. Nunca desististe.
Porquê? Porquê que fizeste isso? Nunca foste jogador de virar as costas à tua equipa. Foste sempre requisitado por muitos clubes e nunca viraste as costas. Tiveste oportunidades de melhorar o teu nível de vida e nunca foste embora. Porquê agora? Porquê para o Porto, o nosso eterno rival?
Agora chamam-te Maximilano na Luz, porque já não és da família vermelha. Mas eu não. Eu vou continuar a chamar-te Maxi. Só que já não vou gritar o teu nome com todo o oxigénio quando marcares golo, quando correres para ajudar a tua equipa a vencer. Já não vou gritar por ti só por estares em campo e saber que isso era motivo para ficar feliz, porque sabia que ali estava um exemplo que merecia todo o reconhecimento e apoio dos adeptos encarnados.
Já não o vou fazer porque agora és azul. Afundas-te o amor que uma família te deu durante 8 anos e trocaste-a por uma que se calhar não te quer até ao final dos 4 anos que assinaste. Nós queríamos-te lá, eu queria-te lá! Eu queria continuar a acreditar que o futebol ainda pode ensinar o valor do amor às crianças que olhavam para ti como um exemplo, se calhar o maior exemplo do clube. Muitas delas nasceram a ver-te jogar na Luz e agora? Agora viram-te virares costas à tua família encarnada para rumares ao Norte para integrares o plantel azul e branco. É assim? Trata-se tudo de um plantel e dinheiro? Já não há valores? Já não existe amor verdadeiro à camisola?
Não sou dramática nas transferências. Acho que vocês, jogadores, devem ter melhores oportunidades. Olha para o Aimar: jogou no Benfica, foi para fora e agora terminou a carreia e nunca se esqueceu do clube que deixou em Portugal. Javier Garcia: chorou por abandonar a Luz e disse mesmo que não era o que queria, mas lá foi e nunca se esqueceu do clube que cá deixou. Em todas as decisões importantes fazia questão de deixar público nas redes sociais que estava com o Benfica. Sabes o que é isto, Maxi? Amor. Amor ao clube, em que estiveram muito menos tempo do que tu, onde jogaram e que ficou sempre no coração deles.
Tu estiveste 8 anos connosco para de repente deixares que o teu manager olhasse para o dinheiro e te levasse. Deixaste, porque se dissesses "não" a situação seria diferente.
Mas não é e ontem tive de te ver de azul na Holanda. Sabes a desilusão que senti, Maxi? Não sabes, porque se pensasses sequer nisso nunca terias feito isto. Nunca nos terias traído assim. Nem te dignaste a vir falar como fez o Casillas no Real Madrid. Ele teve a coragem de dar a cara aos adeptos que o veem sair ao fim de 25 anos do clube onde todos achavam que seria o seu último.